Uma exploração de Platão 's eterna contribuição para a filosofia

“Eu sou o homem mais sábio vivo, porque sei uma coisa, e isso é que não sei nada.”

Para um homem que nada sabia, Platão certamente contribuiu com muito conhecimento para o mundo. Platão é saudado como um dos fundadores da filosofia, ciência e religião ocidentais, e suas obras, juntamente com as de Sócrates, seu professor, e Aristóteles, seu aluno, têm mantido relevância por quase dois milênios e meio, após terem sido documentadas pela primeira vez. Nascido em Atenas, Grécia, no século V a.C., Platão foi um dos primeiros colaboradores nos campos da política, educação, literatura, ética, justiça, virtude e muitos outros, de um ponto de vista filosófico. É sobre o seu trabalho que os filósofos que o sucederam construíram as suas teorias e ideais abrangentes e variados. Alfred Whitehead, um filósofo inglês decorado, observou uma vez que “a caracterização geral mais segura da tradição filosófica européia é que ela consiste em uma série de notas de rodapé a Platão”. Aqui olhamos para algumas das maiores teorias e ideias de Platão que ainda são objecto de fervoroso estudo em todo o mundo.

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Teoria das Formas

Platão, através do diálogo socrático, desafiou a noção do que é real e do que não é. A Teoria das Formas é a crença de que o mundo material tal como aparece é apenas uma imagem ou cópia do mundo ‘real’. Nos escritos de Platão, Sócrates argumenta que a ‘verdadeira realidade’ é inobservável por aqueles que percebem o mundo através dos seus principais sentidos e acreditam que apenas os objectos tangíveis existem com certeza. Como solução para este dilema, Platão postulou que formas (ou ideias) não físicas, mas substanciais, são a representação mais precisa da realidade. Este realismo platônico reconhece dois mundos: um é o mundo aparente que está constantemente em fluxo, e o outro é um mundo rígido e invisível de formas, que pode ser responsável pelas mudanças no mundo aparente.

Epistemologia platônica

Epistemologia, a teoria do conhecimento, é um dos assuntos mais cruciais da filosofia, e a afirmação de Platão de que “o conhecimento é a verdadeira crença justificada” gerou quase todos os desenvolvimentos futuros no campo. A crença de Platão era que a opinião é derivada do mundo efervescente da percepção sensorial e, portanto, nunca pode ser considerada certa, enquanto o verdadeiro conhecimento é derivado do mundo das Formas atemporais. Baseando-se na Teoria das Formas, Platão argumentou que o verdadeiro conhecimento está inerentemente presente na alma de uma pessoa e está envolto pela sua percepção da realidade. Em sua muito debatida “doutrina do recolhimento”, Platão afirma que a alma uma vez viveu na verdadeira realidade onde possuía todo o conhecimento, mas esqueceu-o uma vez que ocupou um corpo humano. Assim, Platão diz que a ‘aprendizagem’ de novas Formas (idéias) é simplesmente uma lembrança do que um dia conhecemos.

Justiça

A República, um diálogo socrático que explorou principalmente o conceito de justiça, é a obra mais conhecida de Platão e é considerada uma das obras mais influentes do mundo sobre filosofia e política. Através da conversa escrita entre seis homens, Platão tenta estabelecer, no sentido filosófico, um estado ideal (a República) que serviria de modelo para todas as sociedades existentes e emergentes. Ele diz que uma boa comunidade é aquela que respeita as quatro virtudes do cardeal grego: sabedoria, coragem, temperança e justiça. Entre estas razões, Platão, a justiça é a mais importante.

O tratado começa com a pergunta, ‘O que é justiça?’, e então prossegue explorando exemplos de ações justas ou apenas homens, e como a justiça pode ser assegurada através de políticas. Platão teorizou que os indivíduos são justos se eles executam suas tarefas por natureza sem interferir com a atividade de outro. Para isso, ele dividiu a sociedade em três classes: Produtiva (Trabalhadores), Protectora (Guerreiros ou Guardiões), e Governante (Governantes ou Reis Filósofos). Platão disse que somente através da especialização em uma dessas funções pode ser apagada a desunião entre as pessoas e estabelecido um estado justo.

Teoria da Educação

Platão reconhece a educação como a coisa mais importante para criar um estado ideal depois da justiça. Ele teoriza que somente sendo educado pode um indivíduo realizar sua função na sociedade e contribuir para uma sociedade que funcione bem. Baseando-se na sua teoria da epistemologia, Platão afirma que o objetivo principal da educação é revelar as verdades adormecidas em nossas almas. Ele foi um defensor da educação controlada pelo Estado, obrigatória e um forte detractor da aprendizagem forçada. Na República, Platão escreve: “É isso que a educação deve ser – a arte da orientação”. Os educadores devem conceber os métodos mais simples e eficazes para mudar as mentalidades. Não deve ser a arte de implantar a visão no órgão, mas deve proceder no entendimento de que o órgão já tem a capacidade, mas está mal alinhado e não está voltado para o caminho certo”

As contribuições de Platão para a filosofia estabeleceram uma base que sobreviveu às areias do tempo e mantém a relevância ainda hoje – uma conquista de que poucos filósofos podem se gabar. Inventor do diálogo escrito e das formas dialéticas na filosofia, e fundador da primeira instituição de ensino superior no mundo ocidental, Platão deixou uma marca verdadeiramente indelével na história mundial.