Plathelmintos: Habitat, Estrutura e Desenvolvimento

ADVERTISEMENTS:

Neste artigo vamos discutir sobre Platyhelminthes:- 1. Habitat e Habitat dos Platyhelminthes 2. Estrutura dos Platilemintos 3. Órgãos de Adesão 4. Parede Corporal 5. Sistema Digestivo 6. Sistema Excretório 7. Sistema Respiratório 8. Sistema Nervoso 9. Sistema Reprodutivo 10. Desenvolvimento 11. Considerações Filogenéticas.

Habit e Habitat de Platyhelminthes:

Os platelmintos são na sua maioria ecto ou endoparasitários e poucos são de vida livre. Os de vida livre pertencem à classe Turbellaria e vivem em água doce, lagoas, lagos, riachos e nascentes. Algumas delas são encontradas em margens em regiões tropicais e subtropicais. Trematoda e cestoda são parasitas totais. Na fase adulta parasitam vertebrados e na fase larval ocorrem como parasitas dos animais invertebrados.

Estrutura de Platyhelminthes:

ADVERTISEMENTOS:

Os membros do filo são geralmente de aparência alongada. Os Polyclads são de folha larga enquanto as ténias são planas e em forma de fitas. O contorno do corpo é simples em geral, mas alguns trematódeos oferecem um contorno bizzare. Os corpos das ténias são compostos por uma série de segmentos quadrados ou rectangulares chamados proglótides.

A proglótida anterior é a menor e a mais posterior é a maior. Isto significa que o tamanho da proglótida aumenta na direção anteroposterior. A presença de proglótides confere às ténias uma condição segmentada. Algum tipo de pseudometamerismo é encontrado em Procerodes lobata em que alguns dos órgãos internos são repetidos.

Acabamentos anterior e posterior, assim como superfícies dorsal e ventral são facilmente reconhecíveis. Muitas vezes a extremidade anterior é marcada do resto do corpo pela presença de uma ‘cabeça’ seguida por um ‘pescoço’ apertado.

Em algumas formas falta uma cabeça definida, mas a extremidade anterior pode ser detectada pelos órgãos dos sentidos ou pelo seu movimento sendo dirigido para a frente durante a locomoção. A superfície ventral tem a boca e as aberturas genitais, quando presentes.

ADVERTISEMENTOS:

Os tamanhos dos platelmintos variam de formas microscópicas a formas extremamente alongadas até 10-15 metros de comprimento (Tapeworms). A maioria dos membros são de dimensões pequenas a moderadas. Os platelmintos em geral são incolores ou de cor branca, as formas vivas livres são brancas, castanhas, cinzentas ou pretas. Algumas policlases e planícies terrestres são com cores vivas dispostas em padrões.

Organos de Aderência ou Chupadores em Platyhelminthes:

Os Platyhelminthes possuem uma variedade de órgãos de aderência e fixação. O Acetabulum ou órgão sugador na forma de “sugador” é muito comum em vermes planos adultos. Nas ventosas, existem duas ventosas no lado ventral do corpo. Uma destas ventosas está localizada no lado anterior do corpo e a sua posição é mais ou menos fixa.

Apesar que a outra chamada ventosa posterior não é constante na sua posição. No Paramphistomum a ventosa está na posição mais posterior, no Echinostoma e Fasciola a posição é deslocada mais anteriormente.

Em ténias os órgãos adesivos estão presentes na forma de ranhuras ou taças e estão situados na extremidade cefálica. Muitas vezes os ganchos estão presentes perto destas ranhuras ou na câmara bucal sempre possível para auxiliar na ancoragem. As chupetas também ocorrem em alguns planários de vida livre.

Parede do Corpo de Platyhelminthes:

Plathelmintos sem exo- ou endosqueleto e como tal o corpo é macio. A epiderme é monocamada e em alguns casos é sincítica. A epiderme pode ser ciliada no todo ou em parte. A camada subepidérmica consiste em musculatura de fibras circulares, longitudinais e oblíquas. As fibras musculares são lisas. Todos os espaços entre os órgãos são preenchidos com células de embalagem, chamadas parênquima.

As partes duras em Platyhelminthes são os ganchos e espinhos. Muitos trabalhadores anteriores consideravam que o corpo dos monogéneos, digénicos e cestóides é coberto por “cutícula”.

Não- conciliação nestas formas dá a falsa impressão de cutícula sob microscopia de luz. Mas estudos de microscopia eletrônica revelaram que a camada externa do corpo é a epiderme. As células desta camada contêm micro-côndrias e permanecem contínuas com as células subjacentes.

Sistema digestivo de Platyhelminthes:

Sistema digestivo está ausente na ordem turbelar Acoela e nos cestodes. Em Turbellaria e Trematoda o sistema alimentar é representado pela boca, faringe e intestino que termina cegamente e como tal toda a disposição dos órgãos digestivos se assemelha muito à dos antozoários e ctenóforos.

A boca em estado primitivo está situada aproximadamente no meio da linha ventral, mas em muitos vermes planos a posição é deslocada anteriormente ao longo da linha ventral média.

ADVERTISEMENTOS:

Mouth is ausent in endoparasitic rhabdocoels. A faringe é de natureza estomodálica e é um tubo muscular forte. Mostra variação no filo. O intestino apresenta grande variação na forma. Pode ser um saco simples ou pode ter ramificações e sub-brancos complicados. As aberturas anais raramente estão presentes.

Sistema excretor de Platyhelminthes:

Sistema excretor de platyhelminthes consiste principalmente em vasos de água longitudinais ou canais excretores longitudinais com um número de células excretoras especializadas, chamadas células de chama ou lâmpadas de chama, coletivamente chamadas protonephridia. A disposição dos vasos de água no interior do corpo oferece uma ampla gama de variações.

Nos triclads existem dois vasos longitudinais (canais) que se abrem para o exterior por numerosos poros (Fig. 14.28G). Os rabdocoels têm dois vasos laterais ou um único vaso mediano (Fig. 14.28E). O vaso mediano abre-se para o exterior por um único poro situado na extremidade posterior do corpo.

Em formas onde estão presentes dois vasos, as aberturas estão ou no lado ventral ou na faringe. Em algumas formas, os dois vasos unem-se na região posterior e abrem para o exterior por uma única abertura mediana. O canal nefróide principal é amplamente ramificado e existem poros excretores acessórios além do nefróide (Fig. 14.28F).

Os órgãos excretores em diferentes platyhelminthes

Em trematódeos monogénicos existem dois ductos excretores longitudinais e os dois ductos abrem separadamente na superfície dorsal. As condutas dilatam-se para formar os sacos excretores nas suas extremidades terminais.

Em outros trematódeos as condutas excretoras são ligadas posteriormente umas às outras por uma conduta transversal e abertas para o exterior por uma única abertura mediana. A conduta transversal dialata e em alguns casos forma uma vesícula excretora. As duas condutas longitudinais podem unir-se uma à outra na região posterior e podem ter uma única abertura.

Nos cestodes existem quatro versoes excretores longitudinais. Os vasos excretores são conectados por um vaso transversal situado no escólex para formar o plexo nefróide (Fig. 14.28H) e abertos em uma vesícula excretora contrátil situada na última proglótida.

Números de protonefrídios e grande número de nefrídios estão presentes nos turbelarianos de água doce porque o influxo de água em excesso é evitado no corpo.

Sistemas respiratórios e circulatórios de Platyhelminthes:

ADVERTISEMENTOS:

Estes dois sistemas estão totalmente ausentes no filo. Em alguns trematódeos a presença de um sistema de tubos, chamado sistema linfático, foi descrito. As trompas são consideradas de funções incertas.

Sistema nervoso de Platyhelminthes:

O principal centro nervoso ou cérebro está localizado na cabeça como um par de gânglios cerebrais. Várias cordas longitudinais ganglionadas surgem do cérebro. Destas cordas longitudinais, um par torna-se mais visível e o resto torna-se insignificante. Numerosas conexões transversais ocorrem entre as cordas longitudinais e todo o sistema nervoso torna-se semelhante a uma escada na aparência.

Os órgãos sensoriais como ocelos ou olhos estão presentes em turbelarianos e trematódeos monogênicos. Eles são numerosos em policlads e dois a quatro em Rhabdocoels e trematódeos monogênicos. Os olhos estão presentes como células pigmentares ou sob a forma de copos contendo células pigmentadas e sensoriais. Quimio e tangorreceptores estão amplamente presentes e os estatocistos ocorrem em Acoela e em poucas outras formas.

Sistema Reprodutor de Plathelmintos:

Exceto alguns Turbellaria e Trematoda, os platelmintos são hermafroditas. Os órgãos reprodutores masculino e feminino de cada indivíduo são separados e abertos externamente pelos seus próprios poros ou por uma abertura genital comum. Em alguns casos os gonodutos abrem-se para o tubo digestivo e as células sexuais são libertadas através da boca.

ADVERTISEMENTOS:

Em alguns vermes planos está presente um poro extra feminino ou um poro vaginal que serve durante a cópula. Os gonoporos são normalmente ventrais na posição, mas ocasionalmente são dorsos. Em ténias, o gonoporo é lateral na posição.

Os órgãos reprodutores masculinos consistem em testículos que em condição primitiva são numerosos e dispersos. O número de testículos é reduzido para um ou dois em muitos e em Acoela faltam gônadas e ductos definidos. A vasa efferentia, quando presente, corresponde ao número de testículos presentes. Em geral, existe um par de vasa deferentia que se une e se abre no complicado aparelho copulatório.

O aparelho copulatório consiste de um cirro sempre possível ou um pénis protrusível armado com espinhas ou ganchos. Várias glândulas estão associadas a ele. A vesícula em estado simples ou pareada está frequentemente presente e actua como reservatório para o armazenamento de espermatozóides. Os órgãos reprodutores femininos consistem em um ou dois ovários. Os oviductos, quando emparelhados, fundem-se distalmente e formam um oviduto comum que se abre no aparelho copulatório.

O aparelho copulatório consiste num saco, a vesícula seminal ou chamada bursa seminal ou bursa copulatória. Várias glândulas que ajudam na formação de cascas de ovos e na produção de substâncias secretoras estão também associadas ao aparelho copulatório. Um longo útero tubular ou ramificado com a finalidade de acumular ovos maduros forma uma parte conspícua do sistema reprodutivo.

As gônadas fêmeas em platyhelminthes são peculiares por se diferenciarem claramente em duas zonas, o ovário propriamente dito e a gema ou glândula vitelina.

A gema nunca é incorporada na estrutura do ovo como no caso de outros animais, mas é produzida como ovos abortivos a serem incluídos dentro da cápsula ou casca do ovo para fornecer alimento para o embrião em desenvolvimento. Nos cestodes os órgãos reprodutivos são repetidos em cada proglótides. Nas proglótides jovens, os órgãos são rudimentares, enquanto estes são altamente desenvolvidos nas grávidas.

Desenvolvimento de Platyhelminthes:

ADVERTISEMENTOS:

Pois hermafrodita, a prática da fertilização cruzada é a regra. A fertilização é interna e fertilizada, os óvulos descascados contendo embriões são derramados para o exterior. Acoela e Polyclads não possuem glândulas vitelinas e o desenvolvimento é direto. Em Polyclads é produzida uma larva nadadora livre que supostamente prefigurará o Trochóforo.

A larva é chamada larva de Muller ou Protrochula (Fig. 14.29). É de forma oval e tem oito braços proeminentes que estão rodeados de cílios longos formando uma banda contínua. A superfície geral do corpo é coberta com pequenos cílios.

A abertura da boca está localizada na linha média-ventral e existem três olhos na parte anterior da superfície dorsal. Durante o desenvolvimento, os braços ciliados são absorvidos. Em outros grupos o desenvolvimento embrionário é muito modificado e complicado. Larva de Buller

Phylogenetic Considerations of Platyhelminthes:

Não há uma visão unânime entre os zoólogos sobre a origem dos vermes planos. Existem várias opiniões sobre a origem das lombrigas planas.

1. Lang (1881) propôs a teoria ctenophore-policlad. Esta teoria afirma que os turbelarianos policlorados podem ter evoluído dos ctenóforos até Platyctenea. A larva de policloreto de Muller tem algumas semelhanças com os ctenóforos.

As características parecidas são:

ADVERTISEMENTOS:

(i) Similaridades das simetrias entre os ctenóforos e as larvas.

(ii) 8 cristas ciliadas ectodérmicas da larva de Muller podem ser comparadas com as cristas meridionais dos ctenóforos.

(iii) Os estatócitos dos turbelarianos podem ser comparados com os ctenóforos.

Esta teoria não favorece muito o apoio entre os zoólogos.

2 A teoria das larvas de planula afirma que os turbelarianos têm algumas semelhanças com as larvas de planula dos cnidários. Muitos zoólogos como Hyman (1951), Jagersten (1955) e Hadzi (1963), consideram que os vermes planos evoluíram de uma raça ancestral parecida com uma planula e Acoela é o grupo mais primitivo entre os platelmintos (Fig. 14.27A).

Árvore filogenética possível de platelmintos

Dados moleculares e análises cladísticas têm sido sugeridos uma origem monofilética para os três grupos parasitas. As três classes parasitárias – Trematoda, Monogenea e Cestoda – evoluíram de turbelarianos de vida livre.