O povo do Brasil

Os brasileiros estão atualmente celebrando as Olimpíadas de 2016. Foto: Diego Cervo/

Brazil é às vezes referido como um caldeirão de culturas, mas isto implica que pessoas de muitas origens diferentes se misturaram. Eles são, de fato, orgulhosamente diferentes, mas também orgulhosos de serem brasileiros

Brazil é uma nação diversa. Seu povo compartilha apenas uma linguagem comum e uma vaga noção da forma cultural do Brasil. Eles adoram uma dúzia de deuses, e seus ancestrais vieram de todas as partes do mundo. Este é um legado do passado colonial do Brasil. Entre os países do Novo Mundo, ele é único. Enquanto as colônias hispano-americanas eram governadas por rígidas burocracias, e os futuros Estados Unidos por uma Grã-Bretanha negligente, a sociedade colonial brasileira seguiu um curso médio flexível. Os colonizadores portugueses não eram marginalizados de sua terra natal, como os puritanos da Nova Inglaterra. Tampouco eram como os cortesãos espanhóis que cumpriam um breve serviço colonial antes de voltar para casa. Foram homens – e durante décadas, apenas homens – que mantiveram uma fidelidade ao velho país, mas rapidamente se identificaram com sua nova casa.

Em seu clássico trabalho sobre as origens do Brasil Raízes do Brasil (Raízes do Brasil), o historiador Sérgio Buarque de Holanda (pai do compositor Chico Buarque) escreve: ‘Ele é livre para assumir repertórios inteiros de novas idéias, perspectivas e formas, assimilando-as sem dificuldade.

Mistura racial

Os grandes espanhóis odiavam o Novo Mundo, os puritanos estavam presos a ele, mas os portugueses gostavam do Brasil – particularmente das mulheres nativas – e o desejo dos colonizadores casados com a beleza das fêmeas indígenas de iniciar uma nova raça. Os primeiros membros dessa raça – os primeiros brasileiros – foram mamelucos, descendentes de homens brancos portugueses e mulheres nativas ameríndias. Mais tarde, surgiram outras raças – os cafusos, de sangue ameríndio e africano, e os mulatos, de sangue africano e europeu.

A fusão da raça é mais completa no Brasil do que em muitos países latino-americanos. Pedro Álvares Cabral é homenageado por todos os brasileiros como o “descobridor” do país, no entanto o passado ameríndio não é desdenhado. O diplomata William Schurz, em seu livro Brasil 1961, observa que inúmeros nomes de famílias ameríndias foram preservados. Ele lista Ypiranga, Araripe, Peryassu, e muitos outros, alguns dos quais pertencem a famílias distintas em Pernambuco e Bahia.

Mas no Brasil contemporâneo, Schurz poderia ter apontado, o ameríndio é apenas uma sombra das outras raças. Os historiadores acreditam que cerca de 5 milhões de ameríndios viviam na região na época da descoberta europeia em 1500. Segundo o líder ameríndio Ailton Krenak, aproximadamente 700 tribos desapareceram desde essa época, vítimas de doenças, extermínio ou absorção gradual através da miscigenação. Cerca de 180 tribos sobreviveram, assim como um número similar de idiomas ou dialetos. Elas compreendem cerca de 900.000 pessoas, a maioria vivendo em reservas governamentais em Mato Grosso e Goiás, ou em aldeias nas profundezas da Amazônia.

A população mestiça do Brasil, por sua vez, tendeu a se fundir na categoria branca. Apenas cerca de 2% a 3% dos brasileiros, principalmente na Amazônia ou em suas fronteiras, consideram-se mestiços, mas na realidade, em todo o norte e nordeste, muitos caucasianos nominais são de fato mestiços.

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Ritual da tribo indígena na Amazônia, Brasil. Foto: Produção Frazao / Ritual da tribo indígena na Amazônia, Brasil. Foto: Ritual da tribo indígena na Amazônia, Brasil: Produção Frazao /

Cultura africana

A história dos povos africanos e mestiços associados no Brasil tem sido complexa. Apesar de agora ter a maior população negra fora da África, os brasileiros são conhecidos por serem ambivalentes em relação à sua herança negra. No passado, o racismo existia, mas era simplesmente negado. Nos últimos anos, no entanto, surgiu uma consciência tanto do racismo brasileiro quanto do rico legado que os africanos introduziram ao Brasil.

O sociólogo pernambucano Gilberto Freyre escreveu, em seu volume CasaGrande e Senzala de 1936: ‘Todo brasileiro, mesmo o de pele clara e cabelos claros, carrega consigo na alma, quando não tanto na alma como no corpo, a sombra, ou mesmo a marca de nascimento, do aborígene ou do negro. A influência do africano, directa ou remota, é tudo o que é um reflexo sincero das nossas vidas. Nós, quase todos nós, carregamos a marca dessa influência.’

A partir do tempo colonial, porções inteiras da cultura africana foram incorporadas por atacado à vida brasileira. Hoje, elas se refletem na música rítmica do samba, na culinária variada e apimentada da Bahia, e no crescimento das religiões espíritas de origem africana, mesmo nos centros urbanos. E a marca dessa influência, como disse Freyre, vai muito além das meras convenções religiosas e culinárias.

Mudanças nas visões raciais

Anos recentes viram a redescoberta e redefinição do passado africano do Brasil, incluindo a revisão das visões racistas da história. Os livros de história do Brasil na virada do século muitas vezes continham passagens racistas. Um texto observava que “negros da pior qualidade, geralmente os do Congo, eram enviados para os campos e as minas”. O preâmbulo de uma lei de imigração do início do século 20 dizia: ‘É necessário preservar e desenvolver a composição étnica da nossa população, dando preferência aos seus elementos europeus mais desejáveis’.’

Os cientistas sociais modernos, começando por Freyre, catalogaram as verdadeiras conquistas dos primeiros negros residentes no Brasil. Por exemplo, os africanos muitas vezes possuíam habilidades manuais altamente desenvolvidas em carpintaria, alvenaria e mineração. Muito do melhor entalhe barroco que grava as igrejas coloniais da Bahia foi feito por africanos.

Em Minas Gerais, o filho ilegítimo de um construtor português e de uma escrava negra conduziu a escultura e a arquitetura brasileiras para o alto barroco. Antônio Francisco Lisboa, chamado Aleijadinho (“O Pequeno Aleijadinho”, por causa de uma deformação que alguns atribuíram à artrite, outros à lepra), começou no final do século XVIII com sua elegante igreja de São Francisco em Ouro Preto e a maior e mais elaborada de São Francisco em São João del Rei. Ele também criou 78 esculturas sinuosas e realistas de pedra sabão e cedro na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo.

O milagre do Aleijadinho é que ele criou uma linguagem artística informada mas inovadora no limite da civilização ocidental. Durante os seus notáveis 80 anos de vida, nunca estudou arte e nunca viu o oceano. No entanto, suas estátuas Congonhas estão entre as maiores coleções de arte barroca do mundo (ver página 214).

Além de seus atributos artísticos e habilidades manuais, muitos africanos, especialmente os Yorubás da África Ocidental que dominaram na Bahia, trouxeram práticas políticas e religiosas sofisticadas para o Brasil. Os historiadores observaram que eles praticavam a religião islâmica e eram alfabetizados em árabe. A sua cultura era rica em música, dança, arte e literatura não escrita, mas majestosa. Escreve Freyre, ‘Na Bahia, muitos … eram, em todos os aspectos, exceto no status político e social, iguais ou superiores aos seus mestres.’

Pretty brazilian girl holding brazilian flag sorrindo. Foto: wavebreakmedia/ Menina brasileira segurando a bandeira do Brasil. Foto: wavebreakmedia/

Rebelião contra a escravidão

Estes orgulhosos africanos não aceitaram simplesmente sua escravidão. A visão anterior do Brasil de sua escravidão africana como “menos rigorosa que a praticada pelos franceses, ingleses ou norte-americanos” foi revisada por historiadores, que observam que nove violentas rebeliões de escravos abalaram a província da Bahia entre 1807 e 1835.

Um visitante alemão a uma plantação baiana no século XIX, o príncipe Adalbert da Prússia, relatou que ‘as armas e pistolas carregadas penduradas no quarto do dono da plantação mostraram que ele não tinha confiança em seus escravos e que mais de uma vez foi obrigado a enfrentá-los com sua arma carregada’.’

A história da escravidão brasileira é inevitavelmente assustadora. Os historiadores acreditam que 12 milhões de africanos foram capturados e enviados ao Brasil entre 1549 e a ilegalização do tráfico de escravos brasileiros em 1853. Desse número, cerca de 2 milhões de pessoas morreram nos barcos dos escravos antes de chegar às costas brasileiras.

No Brasil, os senhores brancos trataram seus escravos como um investimento barato. Um jovem africano escravizado pelo proprietário de uma plantação de açúcar ou de uma mina de ouro poderia esperar viver oito anos. Era mais barato comprar novos escravos do que preservar a saúde dos já existentes. Os africanos escravizados no nordeste estavam muitas vezes em fuga. Os historiadores sabem de pelo menos 10 quilombos em grande escala, ou retiros de escravos, formados durante os dias coloniais no interior do nordeste. O maior deles, Palmares, tinha uma população de 30.000 habitantes no seu auge, e floresceu durante 67 anos antes de ser esmagado em 1694. Palmares, como os outros grandes quilombos dos séculos XVII e XVIII, era dirigido na linha de uma monarquia tribal africana, com um rei, um conselho real, propriedade comunitária e privada, um exército tribal e uma classe sacerdotal.

Em alguns aspectos, no entanto, a escravidão brasileira era mais liberal do que as suas equivalentes em outros lugares. Os proprietários eram proibidos por lei de separar famílias de escravos, e eram obrigados a conceder aos escravos sua liberdade se eles pudessem pagar um preço de mercado justo. Um número surpreendente de escravos foi capaz de alcançar a manumissão. Os escravos livres muitas vezes foram formando fraternidades religiosas, com o apoio da Igreja Católica, particularmente os missionários jesuítas. As irmandades arrecadavam dinheiro para comprar a liberdade de mais escravos, e alguns deles tornaram-se bastante ricos.

Em Ouro Preto, uma dessas irmandades construiu uma das mais belas igrejas coloniais do Brasil, a Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Em uma reação contra a escravidão, Rosário dos Pretos discriminou os brancos.

A escravidão brasileira finalmente chegou ao fim em 1888, quando a Princesa Regente Isabel de Orléans e Bragança assinou a Lei Aurea, abolindo a instituição. Esta lei libertou imediatamente cerca de 800.000 escravos.

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Cuteiros índios brasileiros pagando na Amazônia, Brasil. Foto: Frazao Production/Tribos amazônicas, Brasil. Foto: Frazao: Frazao Production/

Desenvolvimento socioeconômico

A história do racismo e da escravidão no Brasil deixou sua população não-branca despreparada para o século 21. Hoje, os afro-brasileiros ficam para trás em termos socioeconômicos, criando um círculo vicioso que resultou em discriminação persistente.

De acordo com o advogado de direitos humanos de São Paulo Dalmo Dallari, ‘Nós temos, em nossa Constituição e leis, a proibição explícita da discriminação racial. Mas, é igualmente claro que tais leis são meramente uma expressão de intenções com pouco efeito prático’. Dalmo Dallari e outros apontam para uma discriminação persistente e generalizada. Negros sendo barrados nas portas dos restaurantes e mandados ‘ir para a entrada de serviço’ por porteiros de apartamentos está entre muitos exemplos.

Existe também uma face mais sutil para a discriminação racial brasileira. O ex-Coordenador de Assuntos Afro-Brasileiros do Governo do Estado de São Paulo, Percy da Silva, disse: ‘Embora seja verdade que os negros não são mais escravos, também é um fato que os negros não têm as mesmas oportunidades que os brancos. Nós somos, em grande medida, estigmatizados, vistos como inferiores”. Devemos mostrar uma dupla capacidade, tanto intelectual quanto pessoal, para sermos aceitos em muitos lugares, especialmente no local de trabalho’

Felizmente, isso começou a mudar com a nomeação, pelo presidente Lula, em 2002, dos primeiros oficiais negros do gabinete, embora ainda haja muito poucos diplomatas negros, líderes corporativos ou legisladores.

A condição econômica dos afro-brasileiros foi amplamente documentada em um relatório de 2006 publicado pelo Departamento do Censo Brasileiro (IBGE). O relatório mostrou que, enquanto os brancos formavam 49,9% da população total, 88,4% dos 1 por cento mais ricos dos brasileiros eram brancos. Mais da metade dos brancos na faixa etária de 18 a 24 anos – 51,6 por cento – freqüentava a faculdade. Por outro lado, quando se trata dos 48% da população brasileira categorizada como afro-brasileira ou mestiça, apenas 19% na mesma faixa etária freqüentavam a faculdade. Dos 1% mais ricos do Brasil, apenas 11,6% eram negros ou pardos, mas dos 10% mais pobres, quase dois terços eram negros ou pardos.

Em 2004, os 10% mais ricos da sociedade brasileira ainda controlavam 45% da riqueza do país, enquanto os 50% mais pobres tinham que dividir apenas 14% das riquezas do país. Um quarto da população brasileira vivia abaixo do que as autoridades chamavam de “a linha da miséria”, definida como renda pessoal de cerca de US$50 por mês ou menos, mas esses números estão caindo graças a novos programas sociais, como o Bolsa Família, que tem visto os ganhos reais dos 10% mais pobres da população brasileira aumentar em quase 30% desde 2009.

Mas as desigualdades sociais são uma velha história no Brasil. Em seu clássico estudo contrastando o desenvolvimento americano e brasileiro, Bandeirantes e Pioneiros, o autor Vianna Moog escreve, ‘Desde o início, houve uma diferença fundamental de motivação entre a colonização da América do Norte e a do Brasil. No primeiro caso, os sentimentos iniciais eram espirituais, orgânicos e construtivos, enquanto no segundo, eram predatórios e egoístas, com influências religiosas apenas secundárias”. As bases foram lançadas para um padrão duradouro de desigualdades sociais.

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Papel da mulher

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Histórico, o tratamento dado às mulheres no Brasil não tem sido muito melhor do que aquele estendido aos negros ou aos pobres. A Sra. Elizabeth Cabot Agassiz, esposa do famoso naturalista nascido na Suíça, Louis Agassiz, observou que, durante sua visita ao Brasil em 1865, foi necessária uma permissão especial do Imperador Dom Pedro II para que ela pudesse assistir a uma das palestras de seu marido. Normalmente, nenhuma mulher era permitida”, escreveu ela mais tarde. Ter uma em mãos era evidentemente uma grande inovação dos hábitos nacionais.’

Mas a posição das mulheres na sociedade brasileira mudou muito. Em 2010, duas das três candidatas à presidência do país eram mulheres e, em 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi devidamente eleita como a primeira mulher presidente do Brasil. Ela tomou posse em 1º de janeiro de 2011.

Como parte do plano de Rousseff para estimular a presença de mulheres nos negócios e na liderança, 26% de seu gabinete eram mulheres em 2013, e o número de CEOs femininas no setor privado também aumentou acentuadamente.

Mas, embora tenham sido feitos progressos bem-vindos, as mulheres ainda estão atrasadas em termos da maioria dos indicadores econômicos. De acordo com o IGBE, a partir de 2004, as mulheres ainda estavam desproporcionalmente representadas nos escalões de renda mais baixos, com 71% das mulheres ganhando US$200 por mês ou menos, contra apenas 55% dos homens. Em 2005, o salário das mulheres foi estimado em apenas 70% do dos homens. Um estudo de 2006 do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi ainda mais revelador, descobrindo que entre profissionais e gestores, as mulheres com exatamente as mesmas qualificações e experiência que os homens ganhavam apenas 91% do que os seus colegas homens ganhavam. Segundo um relatório publicado pelas Nações Unidas em 2010, a desigualdade de renda entre as raças no Brasil diminuiu na última década, mas uma mulher negra ainda ganha apenas a metade do que um homem branco ganha. A diferença de renda entre negros e brancos no Brasil diminuiu em 31% entre 1995 e 2005, segundo o estudo.

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Young People Jumping at Beach. Foto: William Perugini/Um grupo de jovens comemora na praia. Foto: William Perugini/7949>Um grupo de jovens comemora na praia: William Perugini/

Uma nação de imigrantes

Como os Estados Unidos, o Brasil é uma nação de imigrantes, e não apenas de Portugal, o país colonizador original. Rodrigues, Fernandes, de Souza e outros nomes latinos dominam a lista telefônica em algumas cidades brasileiras. Mas, em outras, nomes como Alaby ou Geisel, Tolentino ou Kobayashi aparecem mais de uma vez.

A presença de muitos grupos étnicos no Brasil data dos anos 1850, quando o governo imperial encorajou a imigração européia a ajudar a reconstruir a força de trabalho à medida que o tráfico de escravos diminuía. Os primeiros incompetentes foram agricultores alemães e suíços que se estabeleceram principalmente nos três estados do sul do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde o solo e o clima eram mais semelhantes aos da Europa.

Durante décadas, algumas comunidades, como Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul e Blumenau em Santa Catarina, eram mais alemãs do que brasileiras. Os cultos religiosos protestantes eram tão comuns como os católicos romanos, e o alemão em vez do português era a primeira língua da maioria dos habitantes. Tais cidades ainda ostentam a marca distintiva de sua herança teutônica, com a arquitetura de estilo alpino dominando os cardápios da paisagem e dos restaurantes, oferecendo mais knackwurst e eisbein do que feijoada.

Na virada do século, o Brasil estava hospedando imigrantes de todo o mundo. Segundo registros mantidos pelo Ministério das Relações Exteriores, um total de 5 milhões de imigrantes chegaram às costas brasileiras entre 1884 e 1973, quando a legislação restritiva foi adotada. A Itália enviou o maior número, 1,4 milhões; Portugal enviou 1,2 milhões; Espanha enviou 580.000; Alemanha 200.000; e Rússia 110.000, incluindo muitos judeus que se estabeleceram em São Paulo e Rio.

O chamado para imigrantes chegou além das fronteiras da Europa. A partir de 1908, com a chegada ao porto de Santos do Kasato Maru, 250.000 japoneses deixaram sua pátria para viver no Brasil. Os descendentes dessas pessoas, que fugiam de falhas de colheitas e terremotos em suas ilhas de origem, ainda vivem na região metropolitana de São Paulo, mais visivelmente no distrito da Liberdade japonesa (ver página 191). No milênio, estimava-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas de ascendência japonesa viviam no Brasil – a maior população japonesa fora do Japão.

O Oriente Médio enviou 700.000 imigrantes, em sua maioria da Síria e do Líbano, durante o início do século 20. Espalhando distritos comerciais em duas cidades – ao redor da Rua do Ouvidor no Rio e Rua 25 de Março em São Paulo – há lojas de pessoas de origem do Oriente Médio.

Embora o impacto das comunicações de massa e a tendência para a centralização política, o processo de moldar populações diversas em uma só está longe de estar completo. Uma razão é a força do regionalismo: quando isto vem à tona, todos os matizes do espectro racial e religioso se misturam, e a solidariedade regional se torna o fator determinante.

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