A FSLN fortaleceu sua posição em 22 de agosto de 1978, quando um grupo da facção do Terceiro Caminho, liderado por Edén Pastora Gómez (também conhecido como Comandante Zero–Comandante Cero), assumiu o Palácio Nacional e manteve quase 2.000 funcionários do governo e membros do Congresso como reféns durante dois dias. Com a mediação do arcebispo Miguel Obando y Bravo, assim como dos embaixadores da Costa Rica e do Panamá, a crise foi resolvida em dois dias. Os resultados das negociações favoreceram a insurreição e mancharam ainda mais a imagem do governo. O presidente Somoza não tinha outra alternativa senão atender à maioria das exigências dos rebeldes, incluindo a libertação de sessenta guerrilheiros da FSLN da prisão, a divulgação pela mídia de uma declaração da FSLN, um resgate de US$ 500 mil e a passagem segura dos sequestradores para o Panamá e a Venezuela. O ataque eletrizou a oposição. A humilhação da ditadura também afetou o moral dentro da Guarda Nacional, forçando Anastasio Somoza Debayle a substituir muitos de seus oficiais para evitar um golpe e lançar uma campanha de recrutamento para fortalecer seu posto e seu arquivo. Os combates irromperam por todo o país, mas a Guarda Nacional, apesar das divisões internas, continuou recapturando a maior parte dos territórios ocupados pela guerrilha.
No final de 1978, o fracasso da FAO em obter uma solução negociada aumentou a estatura do movimento insurreccional. Em outubro, Los Doce se retirou do processo de negociação quando a FAO persistiu em buscar um acordo negociado com o ditador, e muitos dos membros da FAO renunciaram em protesto pelas negociações com Somoza. O movimento de insurreição, por sua vez, ganhou força e aumentou os combates. O regime de Somoza foi ainda mais isolado e desacreditado quando em novembro a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) publicou um relatório acusando a Guarda Nacional de inúmeras violações dos direitos humanos. O relatório foi seguido por uma resolução das Nações Unidas (ONU) condenando o governo nicaraguense. Em dezembro de 1978, a FSLN foi reforçada quando a mediação cubana levou a um acordo entre as três facções da FSLN para uma frente sandinista unida. A unificação formal da FSLN ocorreu em março de 1979.